Leitura orante (Mc 1,40-45)

41 Movido de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Quero. Seja purificado!”
42 Imediatamente a lepra o deixou, e ele foi purificado.
43 Em seguida Jesus o despediu, com uma severa advertência:
44 “Olhe, não conte isso a ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e ofereça pela sua purificação os sacrifícios que Moisés ordenou, para que sirva de testemunho”.
45 Ele, porém, saiu e começou a tornar público o fato, espalhando a notícia. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente em nenhuma cidade, mas ficava fora, em lugares solitários. Todavia, assim mesmo vinha a ele gente de todas as partes.
1. Leitura ( Verdade) - O que a Palavra diz?
Gosto de observar os movimentos presentes no texto bíblico eles me ensinam a compreender melhor o caminho da Boa Nova. Meu primeiro olhar é para Jesus. Ele com os seus discípulos está sempre em movimento – a caminho. Ora! Daí vem o primeiro nome dado aos seguidores do Mestre – Os do Caminho. Assim eram conhecidos. O caminho indica a ação de Deus que vem ao nosso encontro. O Deus que faz acontecer.
No versículo 39 do capítulo1, que antecede esta perícope, encontramos Jesus que com seus discípulos percorria toda a Galiléia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios. Uma região pobre e desprezada pelos judeus. Sempre foi assim: os pobres, os humildes, os doentes estão sempre à margem da sociedade.
É no caminho que o leproso, fora da cidade, foi até ele.
Observe que para a ação primeira de Jesus (caminhar entre os marginalizados) houve uma reação do leproso, este é um elemento importante porque nos mostra que a atitude do leproso implica em tomada de decisão que revela sua fé, como uma fé viva. Rompendo a imposição da lei e o medo, o leproso foi até Jesus.
Jesus movido de compaixão – o que vem a ser esta compaixão – é importante notar que esta expressão só é usada nos evangelhos para a pessoa de Jesus - Com paixão = "sofrer com". Ter compaixão é a virtude de compartilhar o sofrimento do outro. Não significa aprovar suas razões, sejam elas boas ou más. Ter compaixão é não ter indiferença frente ao sofrimento do outro.
Na obra "A História do Rei Lear" (texto quarto, cena 13), William Shakespeare descreve magistralmente o que é esta relação com o sofrimento.
Edgar :
(...) Quem sofre sozinho, sofre muito mais em sua mente (espírito). Deixa para trás a liberdade e a alegria. Mas a mente (espírito) com muito sofrimento pode superar-se, Quando a dor tem amigos e suportam a sua companhia, quão leve e suportável a minha dor parece agora. (...)
Como nos diz o próprio texto a virtude da compaixão moveu Jesus e Ele rompendo o preconceito da lei, estende a mão e toca o leproso. Ele poderia simplesmente curar com suas palavras, mas ele realiza o gesto de tocar, que é significativo de sua presença, de sua força, de seu amor...( o tocar manifesta proximidade, consideração – no toque Ele expressa carinho, respeito pela pessoa – era tudo aquilo que o leproso havia perdido com a marginalização ) arriscando até mesmo a própria vida – pois poderia contrair a doença – Jesus se faz Deus presente.
O homem fica curado. Jesus o despede e ele vai para a cidade deixa agora o deserto – o abandono da marginalização, a solidão de não poder estar com os seus, de não ser amado...
O movimento provocado pelo encontro com Jesus transforma a vida daquele homem. Agora ele é um novo homem, com uma nova vida, um novo lugar se abre para ele. Vai poder caminhar- se movimentar livremente. Da pra sentir que a alegria naquele homem era contagiante, muito mais contagiante que a lepra. Ele não podia calar a voz – assim que partiu, começou a proclamar e a divulgar a notícia.
Jesus volta para o deserto – nos caminhos da vida. Ele sempre esta no lugar do sofredor, na Galiléia dos marginalizados. Aí Jesus realiza sua missão. No meio do seu povo sofrido ele se sente em casa e faz desse espaço a sala de aula para seus discípulos. Sào Paulo nos convida a sermos imitadores de Cristo. ”Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” ( 1 Cor 10,11)
No versículo 39 do capítulo1, que antecede esta perícope, encontramos Jesus que com seus discípulos percorria toda a Galiléia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios. Uma região pobre e desprezada pelos judeus. Sempre foi assim: os pobres, os humildes, os doentes estão sempre à margem da sociedade.
É no caminho que o leproso, fora da cidade, foi até ele.
Observe que para a ação primeira de Jesus (caminhar entre os marginalizados) houve uma reação do leproso, este é um elemento importante porque nos mostra que a atitude do leproso implica em tomada de decisão que revela sua fé, como uma fé viva. Rompendo a imposição da lei e o medo, o leproso foi até Jesus.
Jesus movido de compaixão – o que vem a ser esta compaixão – é importante notar que esta expressão só é usada nos evangelhos para a pessoa de Jesus - Com paixão = "sofrer com". Ter compaixão é a virtude de compartilhar o sofrimento do outro. Não significa aprovar suas razões, sejam elas boas ou más. Ter compaixão é não ter indiferença frente ao sofrimento do outro.
Na obra "A História do Rei Lear" (texto quarto, cena 13), William Shakespeare descreve magistralmente o que é esta relação com o sofrimento.
Edgar :
(...) Quem sofre sozinho, sofre muito mais em sua mente (espírito). Deixa para trás a liberdade e a alegria. Mas a mente (espírito) com muito sofrimento pode superar-se, Quando a dor tem amigos e suportam a sua companhia, quão leve e suportável a minha dor parece agora. (...)
Como nos diz o próprio texto a virtude da compaixão moveu Jesus e Ele rompendo o preconceito da lei, estende a mão e toca o leproso. Ele poderia simplesmente curar com suas palavras, mas ele realiza o gesto de tocar, que é significativo de sua presença, de sua força, de seu amor...( o tocar manifesta proximidade, consideração – no toque Ele expressa carinho, respeito pela pessoa – era tudo aquilo que o leproso havia perdido com a marginalização ) arriscando até mesmo a própria vida – pois poderia contrair a doença – Jesus se faz Deus presente.
O homem fica curado. Jesus o despede e ele vai para a cidade deixa agora o deserto – o abandono da marginalização, a solidão de não poder estar com os seus, de não ser amado...
O movimento provocado pelo encontro com Jesus transforma a vida daquele homem. Agora ele é um novo homem, com uma nova vida, um novo lugar se abre para ele. Vai poder caminhar- se movimentar livremente. Da pra sentir que a alegria naquele homem era contagiante, muito mais contagiante que a lepra. Ele não podia calar a voz – assim que partiu, começou a proclamar e a divulgar a notícia.
Jesus volta para o deserto – nos caminhos da vida. Ele sempre esta no lugar do sofredor, na Galiléia dos marginalizados. Aí Jesus realiza sua missão. No meio do seu povo sofrido ele se sente em casa e faz desse espaço a sala de aula para seus discípulos. Sào Paulo nos convida a sermos imitadores de Cristo. ”Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” ( 1 Cor 10,11)