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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Como surgiu o Concílio Vaticano II

     Foi no dia 25 de Janeiro de 1959. Realizava-se na basílica de São Paulo em Roma, a conclusão da semana de orações pela unidade dos cristãos. Durante a reunião o papa João XXIII confiou aos cardeais presentes sua ideia de fazer um concílio. Naquela semana de orações a sua mente foi sendo "martelada" com esta iniciativa, parecendo como inspiração de Deus: um concílio ecumênico para união dos cristãos.
     Três meses depois, ocorreu sua eleição como papa. Brincando com o apelido de “papa de transição”, dado por ele ser um “papinha” entre aquele que morreu (Pio XII) e o outro que devia vir depois ele, disse aos cardeais, que cada papa, no início do seu pontificado costumava ter alguns planos. Ele tinha também os seus, o mais importante seria convocar um concílio ecumênico para toda a Igreja.
     Ele achava que ela nos últimos séculos, teria ficado fechada dentre de si, não acompanhando o desenvolvimento do mundo. Ele ficou com medo de que a Igreja não mais fosse fiel ao evangelho de Jesus. A Igreja não podia mais continuar como luz, embaixo da cama, e sal, fora do prato de comida, correndo o risco de não mais ser o sacramento (sinal forte) do Reino de Deus no meio de nós.
     O espanto foi geral, principalmente entre os cardeais e a Cúria Romana, o conjunto dos secretariados papais. Mas, o papa não deixou se intimidar. A ideia teve logo aceitação favorável e entusiasmo em todo o mundo. Porém, tudo era incerteza acerca de como e quando ele se realizaria. Ninguém sabia bem por onde começar. Ninguém tinha prática de um concílio, visto que o último se realizara há quase cem anos (o concílio vaticano I).
     Com firmeza, iluminada pelo Espírito, começou ainda em 1959, na festa de Pentecostes, o início da preparação, formando uma comissão ante-preparatória, que mais tarde iriam se constituir em comissões preparatórias. A comissão formada queria logo começar, indicando os assuntos. Mas a ideia melhor que surgiu (não sabemos se era do próprio papa João) foi escrever uma carta aos bispos do mundo inteiro, para que eles indicassem os assuntos. E assim foi feito.
     Foi algo totalmente novo na Igreja. Compartilhando com os bispos o poder e o governo do papa: bispo de Roma, como o primeiro entre os iguais – os outros bispos, (como no princípio: Pedro e os outros).
     Além dos bispos foram também consultados os superiores das congregações religiosas, os reitores das universidades católicas e das faculdades de teologia. O índice de respostas, que deviam ser entregues até o fim do ano, foi elevado. Cerca de 77% das pessoas consultadas responderam, em total 1.998 respostas. Depois de organizadas deu doze volumes, totalizando dez mil páginas. Um vastíssimo material para as comissões preparatórias, formadas em 1960.
     Eram onze para elaborar esquemas de documentos, que servissem de roteiros para os debates no concílio quando este fosse convocado. Além dessas havia a comissão central, que presidia todo o andamento dos trabalhos.
     Como dito no artigo anterior, dois assuntos formavam a base de tudo:
     Em primeiro lugar, que o papa João XXIII tocava em quase todas as oportunidades, e que ele sintetizava em: AGGIORNAMENTO - colocar a Igreja em dia. Renovando-a para agir na realidade de hoje, procurando no evangelho as respostas para os problemas de hoje como aborto, casamento de duas pessoas do mesmo sexo, segunda convivência, implosão do sistema capitalista, mal divisão dos bens materiais, e muitos outros atuais. Como agir como cristão?
     Em segundo : conhecer os sinais dos tempos. Tirar a Igreja do seu isolamento e abrir todas as portas e janelas para o vento refrescador do Espírito de Deus, para que Ele entrasse e a colocasse na evangelização do seu meio ambiente, testemunhando Jesus e sua mensagem.

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